terça-feira, 13 de abril de 2010

Continuação da matéria (final)

Sem a obrigatoriedade, futuro da profissão é incerto

Por Luiz Fernando Vieira
Com o fim da obrigatoriedade, a tendência é que a procura pelo curso nas universidades diminua. Algumas faculdades já estão sentindo isso na pele como a Universidade Mogi das Cruzes (UMC). Lá a procura pelo curso de jornalismo diminuiu 50%, fazendo com que a instituição não ofereça a especialidade nesse semestre. Segundo a coordenadora do curso de jornalismo da instituição, Cristina Schmidt a intenção da universidade não é acabar com o curso em definitivo. “Não vamos fechar, vamos apenas deixar de oferecer esse semestre. Sentimos uma diminuição muito grande na procura, uma queda de 50%, o que ficou economicamente inviável e ficamos muito tristes com isso, mas vamos continuar, porque queremos mudar essa idéia de que não precisa de diploma para exercer a profissão”, afirmou Cristina.
Entretanto, para professores e coordenadores de alguns dos principais cursos de jornalismo do país, o fim da exigência do diploma não deve afastar os alunos do curso, nem provocar tão cedo mudanças tanto nos currículos quanto no mercado de trabalho. “A atividade de jornalismo não é tão simplória e a qualificação superior deve ser preservada. Acredito que o mercado vai continuar reconhecendo o trabalho do profissional graduado em jornalismo”, avalia Fábio Iório, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). David Renault, da UNB, faz coro com Fábio,”Não acho que as grandes empresas começarão a recrutar profissionais para todos os lados, de todas as áreas. Qualquer recém-formado precisa de treinamento, e uma empresa gastará menos tempo e dinheiro se pegar um profissional que se formou em comunicação”. Por conseguinte, alguns docentes crêem que a decisão do STF fortalecerá o aumento da oferta de pós-graduações na área, justamente para atender às pessoas que não são jornalistas. “Estamos avaliando abrir em 2010 um curso lato senso. Atualmente, as turmas de pós-graduação ainda são formadas, em sua maioria, por jornalistas. Talvez isso mude, mas só o tempo para dizer”. Analisa Amilton Octavio de Souza, chefe do departamento de comunicação da PUC-SP. 

Continuação da matéria (parte 2)

Curso começou a ser oferecido na década de 40

Por Luiz Fernando Vieira
A profissão de jornalista foi regulamentada pelo Decreto-Lei n° 972 de 17 de outubro de 1969. Até então não era necessário ter o diploma para desempenhar a profissão. Porém, nessa época já havia universidades oferecendo o curso no Brasil. A pioneira foi a Cásper Líbero em 1947 no estado de São Paulo. Nos anos 60 foram criados os cursos da Universidade de Brasília (UNB), Universidade Federal de Goiás (UFG), e da Escola de Comunicação Social da UFRJ, no Rio de Janeiro. Com a ditadura militar e posteriormente a criação da lei de imprensa a atividade jornalística virou uma atividade de risco. Qualquer um que escrevesse ou fosse politicamente contra o regime corria risco de ser preso, torturado e morto nas mãos dos militares. Um caso emblemático foi o óbito do jornalista Wladimir Herzog. Com a redemocratização do País, a atividade ganhou “poderes” e passou a atuar fiscalizando o poder público e seus agentes. Um dos casos mais emblemático foi o “Collorgate”. Através de uma matéria da repórter Sueli Caldas para o jornal Folha de São Paulo, foram descobertas inúmeras irregularidades que culminaram com o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.

Galera agora vamos ficar sérios por que o papo é cabeça

Supremo cassa obrigatoriedade do diploma de jornalismo
Congresso Nacional propõe votação de PEC a favor do diploma em tempo recorde.

Por Luiz Fernando Vieira
Aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por oito votos contra e um a favor, do ministro Marco Aurélio Mello, o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão. Em seu voto, o presidente da suprema corte do País, Gilmar Mendes, disse que a necessidade de ser formado em jornalismo não interfere em nada no bom exercício da profissão, haja vista que há uma série de profissionais que exercem tal função sem ter o diploma. Mendes falou também sobre o fim da lei da imprensa, pois, em sua opinião, o melhor caminho para os veículos de comunicação é a auto-regulamentação.
Segundo Miriam Magalhães, professora do curso de jornalismo da Unisuam, o argumento usado pelo STF, “que a obrigatoriedade do diploma cerceia o mandamento constitucional da livre expressão” está equivocado, pois os veículos de comunicação têm as seções de opinião justamente para isso, para que qualquer cidadão ou profissional de determinada área expresse seus conhecimentos ou opiniões acerca de um determinado tema. Marco Aurélio Mello, o único ministro a defender o diploma, disse ser necessária uma formação básica para o exercício da atividade: “O jornalista deve contar de um grau de nível superior com técnicas para entrevistar, se reportar, editar o que deva estampar em um veículo de comunicação. A existência da norma a exigir nível superior implica uma salvaguarda, uma segurança jurídica maior quanto ao que é versado e é versado com uma repercussão ímpar”.  
Entretanto, para o Sindicato das empresas de Rádio e Televisão no estado de São Paulo (Sertesp), o exercício do jornalismo é uma profissão desprovida de qualificação técnica específica, acrescentando ainda que a profissão exige apenas o domínio da linguagem, de procedimentos editoriais e de vastos conhecimentos humanos, que não são necessariamente adquiridos em um banco de faculdade. O representante da Sertesp ressaltou ainda que em países como Alemanha, Estados Unidos e França o diploma para o exercício da profissão não é obrigatório.
Visando por um fim nessa questão, o Congresso Nacional se mobiliza para por em pauta de votação uma Proposta de Emenda a Constituição, PEC 386/09, que restabelece a exigência de diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Se a PEC for aprovada, será mais difícil acabar com a obrigatoriedade, pois o processo para se reformar a constituição é mais árduo do que o de uma lei comum, por exemplo. Segundo o autor da proposta, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a expectativa é que até o dia 8/03 já tenha instalada a comissão que analisará o projeto. Para Sérgio Murilo de Andrade, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a entidade não poupará esforços para que a instalação da comissão ocorra o mais rápido possível. ”Nossa expectativa é de que a PEC seja votada e aprovada ainda no primeiro semestre, por isso faremos tudo o que for possível para agilizar a tramitação da matéria”, disse Sérgio Murilo.
Desde dezembro de 2006, uma liminar do STF garante o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão, independente de ter o registro no Ministério do Trabalho ou diploma de curso superior na área.

Em tempos de crise, vale à pena fazer um Jabá para se manter no trampo?

Por Luiz Fernando Vieira
Ano eleitoral é sempre assim, um candidato apontando o dedo sujo para o rival, outros inaugurando obras mal acabadas, alguns beijando crianças cheias de meleca, enfim, eles fazem tudo para conquistar o coração da "pobraiada". Até ai tudo bem. Porém, o que mais me assusta é o tipo de campanha que os grupos de comunicação fazem, e o mais incrível, é que tem jornalistas de respeito que embarcam nessa campanha.


Pois bem, depois da minha enrolada básica, venho por meio desta humilde e nova fonte de informação (meu blog) falar o que aconteceu. Dando uma olhada no blog “Nos Bastidores do Poder, de responsabilidade do jornalista Josias de Souza do UOL, de propriedade do grupo Folha, li um post comentando sobre a pesquisa de sucessão presidencial, de autoria do instituto Vox Populi. Tal estatística afirmou que o Candidato do PSDB, José Serra, até o presente momento tem 34% das intenções de voto, enquanto a candidata do PT, Dilma Rousseff, vem logo em seguida com 31%.


Do outro lado da ponte, o Datafolha, instituto de pesquisa do mesmo grupo Folha, divulgou um pesquisa dizendo que José Serra tinha 36 pontos percentuais, enquanto Dilma ficou com 26. Coisa meio estranha hein, diferença absurda, nesse mato tem coelho. Pois bem, o que mais me pasmou foi o final do post, ao qual irei transcrevê-lo agora:
“As divergências, por expressivas, não podem ser escamoteadas pela maleabilidade estatística. Alguém errou.
Se tivesse de optar por um dos institutos, o signatário do blog ficaria com o Datafolha, dono de histórico que o recomenda.”


Não satisfeito com essa brutal parcialidade, algumas linhas depois ele citou uma parte da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, de propriedade, pasmem!!!!, Do onisciente e onipresente grupo Folha:
“- Prancheta 1: Chama a atenção, no questionário de pesquisa Vox Populi sobre a sucessão presidencial com campo em 30 e 31 de março, a inclusão de pergunta relativa aos cargos que os candidatos já ocuparam, quebrando o fluxo das respostas espontânea e estimulada sobre intenção de voto. Esse tipo de procedimento é conhecido por distorcer resultados.
- Prancheta 2: Para completar, as opções diante do nome de José Serra (PSDB) estão incompletas. Há apenas "governador" e "governador de São Paulo".”


Poxa, pena que a obrigatoriedade do diploma para jornalistas acabou somente no ano passado. Se tivesse acabado antes, eu evitaria pagar três anos de faculdade para aprender errado, pois na visão do companheiro Josias de Souza a imparcialidade não existe na profissão. Desde o 1° Período a Tia Tetéia me ensinou que o jornalismo é imparcial, não devemos tomar partido para ninguém, e etc, etc.... Tudo bem, a gente finge que acredita nesse faz de contas, pois ninguém gasta milhões de reais em uma redação para escrever os fatos sem tomar partido de si próprio. Mas ser totalmente parcial e ainda por cima babar ovo do patrão, não é legal. Mesmo que o blog seja um espaço livre de opinião, o profissional em questão tem que ter em mente que o que é  postado em um blog de sucesso, milhares de pessoas lêem, influenciando assim as eleições no outubro próximo.


Tudo bem que emprego tá difícil, mas babar ovo de patrão para não ser mandado embora é ridículo.

Boas Vindas

Bom dia a todos, nem sei se são tantos assim, mas como manda a etiqueta, devemos ser educados. O presente blog é um canal de informações feito por um amador que tem por objetivo fazer coisas que agradem a vocês.
Um beijo para as mulheres (bonitas) e um abraço para os homens.