terça-feira, 13 de abril de 2010

Em tempos de crise, vale à pena fazer um Jabá para se manter no trampo?

Por Luiz Fernando Vieira
Ano eleitoral é sempre assim, um candidato apontando o dedo sujo para o rival, outros inaugurando obras mal acabadas, alguns beijando crianças cheias de meleca, enfim, eles fazem tudo para conquistar o coração da "pobraiada". Até ai tudo bem. Porém, o que mais me assusta é o tipo de campanha que os grupos de comunicação fazem, e o mais incrível, é que tem jornalistas de respeito que embarcam nessa campanha.


Pois bem, depois da minha enrolada básica, venho por meio desta humilde e nova fonte de informação (meu blog) falar o que aconteceu. Dando uma olhada no blog “Nos Bastidores do Poder, de responsabilidade do jornalista Josias de Souza do UOL, de propriedade do grupo Folha, li um post comentando sobre a pesquisa de sucessão presidencial, de autoria do instituto Vox Populi. Tal estatística afirmou que o Candidato do PSDB, José Serra, até o presente momento tem 34% das intenções de voto, enquanto a candidata do PT, Dilma Rousseff, vem logo em seguida com 31%.


Do outro lado da ponte, o Datafolha, instituto de pesquisa do mesmo grupo Folha, divulgou um pesquisa dizendo que José Serra tinha 36 pontos percentuais, enquanto Dilma ficou com 26. Coisa meio estranha hein, diferença absurda, nesse mato tem coelho. Pois bem, o que mais me pasmou foi o final do post, ao qual irei transcrevê-lo agora:
“As divergências, por expressivas, não podem ser escamoteadas pela maleabilidade estatística. Alguém errou.
Se tivesse de optar por um dos institutos, o signatário do blog ficaria com o Datafolha, dono de histórico que o recomenda.”


Não satisfeito com essa brutal parcialidade, algumas linhas depois ele citou uma parte da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, de propriedade, pasmem!!!!, Do onisciente e onipresente grupo Folha:
“- Prancheta 1: Chama a atenção, no questionário de pesquisa Vox Populi sobre a sucessão presidencial com campo em 30 e 31 de março, a inclusão de pergunta relativa aos cargos que os candidatos já ocuparam, quebrando o fluxo das respostas espontânea e estimulada sobre intenção de voto. Esse tipo de procedimento é conhecido por distorcer resultados.
- Prancheta 2: Para completar, as opções diante do nome de José Serra (PSDB) estão incompletas. Há apenas "governador" e "governador de São Paulo".”


Poxa, pena que a obrigatoriedade do diploma para jornalistas acabou somente no ano passado. Se tivesse acabado antes, eu evitaria pagar três anos de faculdade para aprender errado, pois na visão do companheiro Josias de Souza a imparcialidade não existe na profissão. Desde o 1° Período a Tia Tetéia me ensinou que o jornalismo é imparcial, não devemos tomar partido para ninguém, e etc, etc.... Tudo bem, a gente finge que acredita nesse faz de contas, pois ninguém gasta milhões de reais em uma redação para escrever os fatos sem tomar partido de si próprio. Mas ser totalmente parcial e ainda por cima babar ovo do patrão, não é legal. Mesmo que o blog seja um espaço livre de opinião, o profissional em questão tem que ter em mente que o que é  postado em um blog de sucesso, milhares de pessoas lêem, influenciando assim as eleições no outubro próximo.


Tudo bem que emprego tá difícil, mas babar ovo de patrão para não ser mandado embora é ridículo.

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